Ilustração de capa: Laila Zin
Em 2015, tive minha inspiração e confiei na minha intuição. Ouvi profissionais da área me dizerem que ninguém iria ler a história como ela era, que teria que mudar tudo que pensei para “conseguir vender”… Mas continuei a persistir, porque outras pessoas incríveis e amigas me disseram que valeria a pena, me motivando todos os dias a escrever mais um pouquinho…
Hoje, enfim, publiquei meu primeiro romance. Ele já estava há uns dois anos em processo de escrita e aprimoramento, como um bebê ainda no útero da mãe, sendo nutrido e já amado.
Ao publicar, depois de vários “nãos” de editoras, por iniciativa própria e com poucos recursos financeiros, senti uma mistura de alívio, alegria e medo.
Alívio porque desde que decidi me dedicar à história de Anne, Daniel, Mateo e Eric, abandonei as outras narrativas que estavam e ainda estão na minha cabeça. Ainda tenho duas histórias inacabadas, sacudindo minha mente e que não consigo escrever, por não ter “parido” Pássaro Livre.
Alegria porque, enfim, consegui divulgar essa história para o mundo, balançar mentes e fazer as pessoas se identificar e até repensar os seus próprios relacionamentos e o que seria ter um(a) namorado(a) perfeito(a). Às vezes, a perfeição já é como está, no que é real.
Mas tenho medo, porque Pássaro Livre é como um pedaço de mim, do que sou e da minha forma de ver o mundo e pensar sobre as coisas que me acontecem. Medo porque era a única coisa que me pertencia verdadeiramente e, agora, pertence a cada pessoa que o ler.
Só espero que a autora “desconhecida” que aqui se apresenta para o mundo na sua primeira obra publicada, possa ser entendida, aceita e lida. E, ser lida é meu único objetivo e minha única intenção.
Cuidem bem do maior presente que poderia dar à vocês: a minha verdade.
Voe, pássaro livre!
Ilustração: Gabriela Vieira
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você não está sozinho nessa 